terça-feira, março 30, 2004

ExpoLetras na Faculdade de Letras da Universidade do Porto

A Faculdade de Letras da Universidade do Porto, na semana de 19 a 24 de Abril de 2004 vai abrir as suas portas num mega-evento ao qual deu o nome de ExpoLetras. Iniciativa de elevado interesse quer para os cerca de 4000 estudantes desta Faculdade, quer para aqueles que, num futuro próximo, pensem optar pela àrea das humanidades no Ensino Superior.

A ExpoLetras contará com a participação de alunos, professores, encarregados de educação e público em geral, a quem será facultada ampla informação sobre a oferta graduada e pós-graduada da FLUP, bem como infromação sobre possíveis "saídas profissionais".

Sendo objectivo central deste evento promover a aproximação da FLUP ao mercado de trabalho, convidamos instituições promotoras de medidas e programas de apoio ao emprego a estarem presentes, bem como potenciais entidades empregadoras.



Programa Geral
(19 a 24 de Abril de 2004)

1 - VISITAS

Os grupos serão recebidos por um docente e um aluno que fornecerão informações genéricas sobre a FLUP e os acompanharão, entre as 10h30/12h30 ou 15h/17h, no percurso de visita:
1º) projecção de um documentário sobre a Faculdade de Letras, no Anfiteatro Nobre (história, cursos, actividades, etc.);
2º) visita guiada às instalações da FLUP;
3º) encaminhamento dos grupos para a Tenda de Exposição.


2 - EXPOSIÇÃO

Os stands de divulgação dos cursos da FLUP, identificados pelos nomes de cada licenciatura, terão a presença de alunos universitários e destinam-se a:
- Distribuição de materiais de divulgação (cd-roms e desdobráveis);
- Responder aos pedidos de informação dos visitantes.
Haverá espaços onde estarão presentes empresas de recrutamento/selecção e instituições relevantes no mercado de trabalho.


3 - DEBATES

Serão organizados, pelas diferentes licenciaturas, debates/painéis sobre o tema genérico saídas profissionais / mercado de trabalho, a decorrer no Anfiteatro Nobre, entre as 16h e 19h:
2ª feira (19 de Abril) - L.L.M. e Estudos Europeus;
4ª feira (21 de Abril) - Sociologia, Geografia e Filosofia;
6ª feira (23 de Abril) - Arqueologia, Ciência da Informação, História da Arte, História e Jornalismo.
Serão convidados a participar profissionais, licenciados pela FLUP, para darem o seu testemunho sobre as actividades que exercem.


4 - ANIMAÇÃO

A animação diurna do Evento será assegurada pelo Grupo de Teatro e pelas Tunas masculina e feminina da FLUP. A animação nocturna será a seguinte:
3ª feira (dia 20 de Abril) - Sessão de Cinema no Anfiteatro Nobre.
5ª feira (dia 22 de Abril) - Exibição de uma peça de teatro e dinamização de uma sessão de poesia da responsabilidade do Grupo de Teatro da FLUP.
Sábado (dia 24 de Abril) - Festival de Bandas de Garagem (AEFLUP).


ORGANIZAÇÃO

Conselho Directivo da Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Departamentos da FLUP
Direcção de Serviços de Gestão de Recursos e Projectos:
- Gabinete de Eventos e Relações com o Exterior
- Gabinete de Formação e Educação Contínua
" Sector de Inserção Profissional
Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto

segunda-feira, março 29, 2004

A ciência da informação como ciência social

Por Carlos Alberto Ávila Araújo
Doutorando em ciência da informação pela ECI/UFMG
Professor licenciado das Faculdades Integradas de Caratinga-MG

Resumo


Discute-se a natureza da ciência da informação como uma ciência social. Para tanto, identifica-se como se deu a inserção da ciência da informação nas ciências sociais, percebendo com quais ramos destas ela travou diálogo em diferentes momentos. A seguir, discute-se sua natureza de ciência “pós-moderna”, percebendo a complementaridade entre essas duas questões para um eficiente diagnóstico dos fundamentos sociais da ciência da informação.

Ver


In
IBICT

quarta-feira, março 17, 2004

On an average weekday the New York Times contains more information than any contemporary of Shakespeare's would have acquired in a lifetime.
- anonymous (and ubiquitous)

The Social Life of Information by John Seely Brown and Paul Duguid



Continuando o raciocínio da aula de comportamento da informação aqui está um livro interessante, podem ver aqui alguns capítulos.

When trying to improve the performance of a call center, a company first performed a study to figure out what currently worked about it.
"They studied one service center and the quality of diagnosis its staff provided. There they found two operators who gave especially reliable answers. One, unsurprisingly, was an eight-year veteran of the service center with some college experience and a survivor from the days when reps served as mentors. The other, however, was someone with only a high-school diploma. She had been on the job barely four months.
The researchers noticed, however, that the newcomer had a desk opposite the veteran. There she could hear the veteran taking calls, asking questions, and giving advice. And she began to do the same. She had also noticed that he had acquired a variety of pamphlets and manuals, so she began to build up her own stock. Moreover, when she didn't understand the answers the veteran gave, she asked him to show her what he meant, using the service center's own copier." (p. 132)

This novice had leapfrogged many other operators who had all the manuals in the company to draw upon, but didn't have the necessary teacher to emphasize what was important. Information has a tendency to blend together. Knowledge is understanding what information is truly important.


Another interesting story examined the habits of copy machine repair technicians. These guys had a manual from which they were supposed to go "by-the-book". However, if they really did that, they would never successfully fix the copier. Where did they learn all the little tricks to do their jobs? They each worked independently, so it wasn't as if they did it on the job.
Researchers found that most of the technicians got together for breakfast on their own time. "At these meetings, while eating, playing cribbage, and engaging in what might seem like idle gossip, the reps talked work, and talked it continuously. They posed questions, raised problems, offered solutions, constructed answers, and discussed changes in their work, the machines, or customer relations. In this way, both directly and indirectly, they kept one another up to date with what they knew, what they learned, and what they did." (p. 102)

quarta-feira, março 03, 2004

Tecnologias Paralelas por Aldo Barreto

O futuro da ciência da informação e da comunicação depende de como será a articulação para inserção das tecnologias novas no seu agir cotidiano. As tecnologias da informação e da comunicação com elevado teor de inovação e convencimento estão definitivamente inseridas no contexto das duas áreas, hoje tão dependentes destas tecnologias que poderíamos afirmar que o futuro de suas práticas se anuncia no presente. As mudanças na tecnologia, ocorridas durante os últimos anos, reorganizam estes campos e os métodos associados ao próprio pensar do estudo da informação e da comunicação.

O modelo tecnológico inovador é tão fechado que induz a um distanciamento alienante de como ele opera ou se opera no melhor sentido. Se o discurso da ciência traz uma promessa de verdade, o da tecnologia traz consigo uma promessa de felicidade, de melhoria das condições de vida para o homem, de conforto material.

No caso das tecnologias de informação ou de comunicação, se o objetivo declarado é promover o acesso universal à informação e diminuir a dívida da inclusão social, este objetivo passa a ser uma decisão de status tecnológico da sociedade. Não é passível de dúvida ou contraposição. A autoridade tecnológica julga e condena quem quer se introduzir no conhecimento do processo em si. Se as suas conseqüências são ditas benéficas para a sociedade, questioná-las é quase pouco decente.

Esta é uma constatação da prática diária, não uma concordância com uma circunstância em que, para determinadas áreas, a tecnologia se transforme em ideologia. O que procuramos indicar é a existência de uma forte dependência tecnológica e que esta tecnologia atinge as duas áreas de modo diferente, embora estejam entrelaçadas.

As ditas tecnologias da informação e comunicação, enunciadas sempre como sendo unificadas em seus efeitos, na verdade são duas manifestações tecnológicas que operam em conjunto.

As novas tecnologias da informação estão relacionadas, por exemplo, à criação da informação. A utilização do computador aproxima as linguagens do pensar e do editar a informação, quando a sua concepção e inscrição ocorrem na tela do computador, onde estão representadas por evanescentes pixels de fósforo em uma tela. Ali é tamanha a sua impermanência que pensamento e linguagem se aproximam.

As estruturas da informação admitem novos contornos, com o hipertexto e as linguagens multimídia, com a possibilidade digital de se ter, no mesmo documento, texto, som e imagem. O fluxo de informação, antes uni-direcionado e sucessivo nos seus eventos, permitia ao receptor somente uma interação mediada e uma avaliação de qualidade ao final do processo. O receptor depositava sua necessidade de informação, induzido pelo mediador que traduzia o seu desejar em uma linguagem acessória, com toda a perda de conteúdo que isso pudesse trazer aos anseios do receptor.

O controle da linguagem natural com seus aparatos esotéricos e fetiches operacionalizados para um ocultar da linguagem normal do homem trazia ruídos na comunicação dos desejos de informação do usuário. O receptor, antes um espectador do sistema de armazenamento e recuperação, agora com as tecnologias da informação participa do processo, quando, do desenvolver do próprio processo, sem mediação, passa a ser o único árbitro de suas necessidades informacionais e da relevância a elas associadas, tudo em tempo real.

Por outro lado as tecnologias da comunicação limitaram muito os meios intransitivos, aqueles que não respondem. A ausência de intercâmbio com o receptor foi assombrada pela interatividade e pela conectividade em velocidades que se aproximam do infinito.

O meio não é mais a mensagem. A interatividade permite uma inter-atuação multitemporal com os fatos, idéias e ocorrências de um cotidiano global. O receptor tem acesso às "fontes" e, mutuamente, estabelecem lá um dialogo de seu interesse, também, sem intermediários: arranja a sua mensagem de uma maneira subjetivamente individualizada por suas preferências, independente dos canais formais de uma comunicação solitária.

Os intermediários das mensagens, com a interatividade em tempo real, foram liberados, para encontrar um melhor fazer, como todos os demais intermediários da informação: o vendedor da loja, o atendente do banco, o professor, quando, em sala ditando regras preso a um quadro negro e apostilhas pré-fabricadas, os intermediários dos diferentes acervos documentais e os que estão por vir.

A conectividade cibernética, na comunicação, traz a vizinhança universal imediata. A comunicação com a mesa ao lado pode ser tão eficiente quanto com meu colega de informação na Finlândia. Toda a relação de tempo e espaço da comunicação se modifica e se liberta da forma. Estar em um espaço comunicacional é uma decisão minha, que pode ser modificada na velocidade de um apertar botões. Passado e futuro desabam no presente fazendo deste a única dimensão do tempo no espaço de comunicação.

Tecnologias aproximadas que se cruzam em benefício do receptor.
Várias profissões e áreas do conhecimento necessitam se reorganizar para não desaparecer. Quais serão os conhecimentos de um profissional da informação, seja ele um servidor de acervos documentais ou um devoto dependente dos meios de massivos de comunicação. Tecnologias associadas com alta e rápida capacidade de mutação.
Profissionais que marcham para o (in)finito, caso permaneçam parados.



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In http://www.dgz.org.br/jun03/Ind_com.htm


Aldo Barreto
aldoibct@alternex.com.br

terça-feira, março 02, 2004

Use of historical documents in a digital world: comparisons with original materials and microfiche

Wendy M. Duff and Joan M. Cherry
Faculty of Information Studies
University of Toronto
Toronto, Ontario, Canada



Abstract

The paper reports on a user study of a digital library collection of Early Canadiana material, with comparisons to the use of the material in original paper and microfiche formats. The study included a survey of individuals who had used Early Canadiana in original paper, microfiche or WWW format, focus group sessions, and server log analysis. The purpose of the study was to compare use and user satisfaction across the three formats to identify ways to improve the WWW format. Although, as expected, many people liked the paper format the best, over half of those who had experience with all three formats thought that the WWW format would be most useful in their work. However, some users expressed concerns about the authenticity of the WWW format. This raises questions for digital libraries to make explicit the relationship between the original paper and digital formats. The research led to 26 recommendations. To date, over half have been implemented or are in the process of being implemented. The paper concludes with suggestions for future research.